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29-AGO-2025

FUMO, UM VILÃO QUE SE ESCONDE ENTRE AS CORTINAS DE FUMAÇA.

Por João Neto 29/08/2025 #saúde

FUMO, UM VILÃO QUE SE ESCONDE ENTRE AS CORTINAS DE FUMAÇA

Companheiro fatal na vida dos riotintenses, o cigarro mostra como um simples ato pode afetar toda a realidade. O tabagismo ainda mata milhões: uma epidemia que persiste, apesar dos avanços. O dia 29 marca um momento de reflexão sobre os impactos do tabagismo na saúde da população. É uma oportunidade para discutir os riscos do consumo de tabaco, que continua sendo uma das principais causas de mortes evitáveis no mundo, e reforçar a importância da prevenção, da informação e do apoio coletivo na luta contra o vício.

Durante décadas, o cigarro manteve uma imagem socialmente aceita, associado a status ou rebeldia. Mas, por trás dessa fachada, esconde-se uma das maiores epidemias evitáveis da história moderna. O tabagismo continua sendo, hoje, a principal causa de morte evitável no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 8 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência do uso do tabaco. Desses óbitos, cerca de 7 milhões são de fumantes ativos e aproximadamente 1,3 milhão resultam da exposição ao fumo passivo, atingindo até mesmo quem nunca acendeu um cigarro.

Cada cigarro contém mais de 7 mil substâncias químicas, sendo pelo menos 70 delas cancerígenas, como o alcatrão, o benzeno e o cádmio, um metal tóxico também usado em baterias. A nicotina, principal substância viciante, atua no sistema nervoso central, gerando uma sensação momentânea de prazer que rapidamente evolui para uma forte dependência física e psicológica. As doenças mais associadas ao tabagismo incluem cânceres de pulmão, boca, garganta, esôfago, bexiga e pâncreas; doenças cardiovasculares, como infarto e AVC; DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), incluindo bronquite e enfisema; além de infertilidade, impotência, envelhecimento precoce e maior risco de diabetes.

Apesar de todas as evidências sobre os malefícios do cigarro, milhões de pessoas ainda fumam. A indústria do tabaco investiu por décadas em marketing, promovendo o cigarro como símbolo de liberdade e sofisticação. A iniciação costuma ocorrer por influência social, curiosidade ou como forma de lidar com a ansiedade. O que começa como escolha muitas vezes se transforma em dependência. O vício em nicotina é químico, neurológico e social. Por isso, deixar de fumar exige mais do que força de vontade: demanda suporte, informação e empatia — não julgamento.

Na Paraíba, a realidade é preocupante. O estado tem o maior percentual do Nordeste de fumantes diários de tabaco, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada pelo IBGE. Em 2019, 11,1% dos habitantes de 18 anos ou mais tinham o hábito de fumar tabaco diariamente, o que representa cerca de 331 mil pessoas. A proporção paraibana foi maior que a da região Nordeste (9,5%) e próxima da média nacional (11,4%). O hábito é mais comum entre pessoas de 40 a 59 anos (15%) e de 60 anos ou mais (12,5%).

Abandonar o cigarro não é fácil, mas é possível, e os benefícios começam quase imediatamente: após 20 minutos sem fumar, a pressão arterial começa a normalizar; em 12 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue diminuem; após 1 ano, o risco de doenças cardíacas já é reduzido pela metade. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com atendimento psicológico, grupos de apoio, medicamentos e adesivos de nicotina.

Em Rio Tinto, a Prefeitura, em parceria com o Governo Federal, realiza uma roda de conversa para quem quer parar de fumar. Os encontros acontecem todas as segundas-feiras, às 13h, na Secretaria de Saúde. Profissionais de saúde orientam, respondem dúvidas e apresentam caminhos possíveis para o abandono do cigarro. O espaço se coloca como um ponto de apoio coletivo, onde cada história tem valor e cada voz é ouvida. O objetivo é mostrar que parar de fumar é um desafio, mas não precisa ser uma luta solitária.

As inscrições estão abertas no PA de Rio Tinto. Respirar fundo e viver melhor começa agora.

Responsáveis pela publicação:

João Rodrigues de Oliveira Neto

Maelly Kevily de Carvalho

Adam Ariel Bezerra Martin

 

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